domingo, 24 de abril de 2011

FÍSTULA ARTERIOVENOSA



A fístula arteriovenosa é confeccionada pelo cirurgião vascular. Quando paciente chega na clínica de hemodiálise, ele deveria vir com a fistula confeccionada. Mas tal não acontece, ele chega com um cateter, pois passou por internação de urgência.

Depois que ele é admitido na hemodiálise, ele passa por uma avaliação do médico vascular da clínica. Se o pool venoso estiver bem, é marcada a cirurgia, caso contrário é solicitado um Doppler venoso (exame caro). Quando a cirurgia é realizada, precisa aguardar um mês para usar a fístula arteriovenosa, pois ela necessita e amadurecimento, ou seja, a dilatação da veia e a parede do vaso ficar espessa.

O exercício fisioterapêutico é essencial nesse momento, no amadurecimento da fístula. Porém, precisa ser realizado por um profissional capacitado nesta área. Os pacientes que fazem hemodiálise não têm conhecimento de como fazer os exercícios corretamente – daí a necessidade do fisioterapeuta.

Completando 30 dias, é realizada a primeira punção por um enfermeiro padrão. São utilizadas duas agulhas. Uma em direção à extremidade e outra no sentido do coração. Dependendo da fístula, usa-se agulha número 16 ou 17. A distância entre a punção arterial e a anastomose é de 3 centímetros. Do sentido arterial para o venoso é de 5 centímetros. Quando a punção é realizada por funcionários não treinados, pode ocorrer infiltrações graves levando à falência da fístula.

sábado, 9 de abril de 2011

O QUE É UMA FÍSTULA?

O QUE É UMA FÍSTULA?


Fístula é uma comunicação de uma veia e uma artéria utilizada para realização de hemodiálise.

VEIAS E ARTÉRIAS UTILIZADAS:

Veia cefálica
Veia Basílica
Veia Safena
Veia Femoral

ARTÉRIAS:

Artéria Radial
Artéria Ulnar
Artéria Braquial
Artéria Femoral

LOCAIS DE CONFECÇÃO DE FÍSTULAS:

Braço
Antebraço
Coxa

Ilustrações:

Fístula Rádiocefálica (a primeira opção, antebraço não dominante)


Fístula Braquiocefálica (segunda opção, braço não dominante)



Fístula Braquiobasílica (última opção, transposição de veia Basílica)


Quaisquer dúvidas, inserir no comentário.


domingo, 3 de abril de 2011

CASO N.º 01

Paciente idosa, com fístula de quatro  meses de confecção, braquiobasílica em membro superior direito. Apresentou deiscência de ferida cirúrgica seguido de infecção, sem exposição de vasos.
A fisioterapia iniciou-se no segundo mês, após liberação médica.

2º MÊS:


3º MÊS:


APÓS 4 MESES:


Como se pode observar da última foto, a cicatrização foi completa sem alterações na fístula. Os leves hematomas são decorrentes das punções para a hemodiálise.

MINHA HISTÓRIA

MINHA HISTÓRIA


            Quando me formei em 2008, não tinha expectativa de trabalho. Queria atuar na área respiratória, porém não tinha pós-graduação. Resolvi fazer uma pós-graduação em cardiorespiratória. Iniciei os estudos e, mesmo assim, não consegui nenhum emprego na área.

            Voltei para meu emprego anterior de técnica de enfermagem. Entreguei alguns currículos de fisioterapia e um só de enfermagem e, este outro foi o único pelo qual vim ser chamada a trabalhar. Comecei a trabalhar em uma clínica de hemodiálise como técnica de enfermagem, mas não revelei a ninguém no meu trabalho que eu era graduada em fisioterapia, pois correria o risco de ser exonerada. Não tinha conhecimento nenhum sobre hemodiálise, pois era totalmente leiga no assunto. Aprendi a manusear as máquinas e pulsionar as fístulas com a ajuda de algumas colegas. Um dia uma funcionária recomendou a um paciente fazer um exercício para “maturar” a sua fístula. Eu fiquei sem entender, pois, por quê fazer exercício? Como sou curiosa indaguei o porquê do exercício e ela me respondeu que era para amadurecer a fístula, torna-la adequada e dilatada para receber as agulhas que iram levar e trazer o sangue para a máquina de hemodiálise.

            Não perguntei mais. Resolvi pesquisar e estudar muito sobre o assunto. Quando já estava bem instruída e bem confiante, tomei a iniciativa de colocar em prática tudo que sabia de fisioterapia para o benefício do renal crônico no que tange a suas fístulas. Reuni alguns pacientes com fístulas recém confeccionadas (menos de um mês de cirurgia) para participar deste novo trabalho. Cerca de 20 pacientes aceitaram participar do trabalho de fisioterapia voltada para fístula arteriovenosa. Comprei o material básico e um carrinho de mão e fui à luta. Naquela ocasião eu não possuía veículo e tinha que tomar ônibus para ir e voltar do trabalho. Fiquei seis meses trabalhando com esses pacientes, os quais não tiveram falência de fístula. Somente um paciente teve que fazer a correção da fístula devido a ocorrência de uma estenose, que é muito comum em fístula. Esse trabalho redundou em um trabalho de pós-graduação, coroando a minha formatura com louvor.

            Fui chamada para um trabalho na Associação de Renais Crônicos de Goiânia, onde fiquei por 6 meses. Na ocasião, eu estava fazendo o trabalho de campo para a conclusão do curso de pós-graduação. Consegui fazer todo o trabalho no hospital onde havia o serviço de hemodiálise. Fui convidada pelos cirurgiões a assistir as cirurgias de confecção de fistulas, pois acreditaram no trabalho que vinha desenvolvendo. Atendi alguns pacientes que não faziam parte do trabalho e que possuíam fístulas desafiadoras, as quais consegui torna-las aptas para a hemodiálise. No ano de 2010 fui convidada a trabalhar em uma outra clínica de hemodiálise, onde estou trabalhando até o presente momento, vencendo obstáculos inerentes à profissão e sempre almejando o sucesso, com a graça de Deus.